O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou em sua mais recente ofensiva comercial. Após anunciar o chamado “Dia da Libertação”, em que impôs tarifas de até 125% a parceiros dos EUA, o republicano decidiu pausar por 90 dias todas as medidas, com exceção daquelas voltadas à China.
A decisão ocorre em meio à instabilidade nos mercados financeiros e indica que, desde o início, o principal alvo da Casa Branca era o gigante asiático. Enquanto isso, a China reagiu com firmeza, demonstrando preparo para enfrentar o embate tarifário e buscando novos aliados estratégicos.
Especialistas avaliam que o recuo de Trump, seja ele capitulação ou movimento calculado, causou um dano mais profundo: a perda da confiança internacional nos EUA. Países parceiros, inclusive aqueles que estiveram ao lado dos americanos em momentos críticos como o 11 de Setembro e nas guerras do Afeganistão e do Iraque, agora duvidam da confiabilidade de Washington.
A China, por sua vez, aproveita a fragilidade americana. Já iniciou conversas com Japão e Coreia do Sul para fortalecer alianças comerciais e diplomáticas. O cenário reforça a imagem de um Estados Unidos cada vez mais isolado, enquanto Pequim se articula para ocupar espaços deixados pela política externa de Trump.