Bruno Henrique vira réu por fraude em apostas esportivas no DF

Atacante do Flamengo e o irmão, Wander Nunes, responderão por manipulação de resultado com base na Lei Geral do Esporte; juiz rejeitou acusação de estelionato.

Redação NX Notícias
25/07/2025 23h33 - Atualizado há 1 dia
Bruno Henrique vira réu por fraude em apostas esportivas no DF
Foto: Marcos Ribolli/Divulgação

O jogador Bruno Henrique, do Flamengo, e o irmão dele, Wander Nunes Pinto Júnior, se tornaram réus na Justiça do Distrito Federal por fraude relacionada a apostas esportivas. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (25) pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal do DF.

Segundo a investigação, Bruno Henrique teria atuado de forma deliberada para receber um cartão amarelo em uma partida entre Flamengo e Santos. A ação teria sido combinada previamente com o irmão, que repassou a informação a outras pessoas para realizar apostas e obter lucro. “Há indícios de que Bruno agiu de forma intencional, com apoio do irmão, para garantir vantagem financeira”, afirmou o juiz no despacho.

A denúncia foi recebida com base na Lei Geral do Esporte. Ainda não há data definida para o julgamento. Quando forem oficialmente notificados, os réus terão 10 dias para apresentar defesa.

O magistrado, no entanto, rejeitou a denúncia de estelionato feita pelo Ministério Público, que apontava prejuízo às casas de aposta. Para ele, faltou a representação formal das supostas vítimas — ou seja, os sites de apostas não formalizaram queixa. Por esse motivo, também foram descartadas medidas cautelares, como fiança de R$ 2 milhões, bloqueio de contas e suspensão de contratos publicitários com as plataformas.

As partes ainda podem recorrer: os réus podem tentar barrar a ação penal, e o MPDFT pode contestar a rejeição do estelionato.

De acordo com os autos, o alto volume de apostas sobre o cartão amarelo chamou a atenção das operadoras, que acabaram bloqueando os pagamentos por suspeita de irregularidade.

Além de Bruno Henrique e Wander, outras sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, suspeitas de envolvimento no esquema de manipulação de resultado e aposta com informação privilegiada.


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