O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado neste sábado (12) após sentir dores intensas e uma "forte distensão abdominal", e informou, por meio das redes sociais, que provavelmente passará por uma nova cirurgia após sua transferência para Brasília. Bolsonaro foi internado na sexta-feira (11), após passar mal durante um evento do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte.
Inicialmente, os médicos decidiram mantê-lo internado em Natal, mas neste sábado, a equipe médica confirmou sua transferência para Brasília, em um avião com UTI aérea. Apesar das dificuldades, o ex-presidente afirmou que está "estável" e que seu quadro de distensão abdominal foi amenizado.
Bolsonaro também ressaltou que este foi o quadro mais grave desde a facada que recebeu durante a campanha eleitoral de 2018. “Estou estável, em recuperação, e mais uma vez cercado por profissionais competentes, a quem só posso agradecer”, afirmou ele.
A equipe médica declarou que o ex-presidente teve uma boa noite de sono, com mais de 8 horas de descanso, mas ainda não há previsão de alta. Mesmo com a recuperação, ele já se prepara para possíveis procedimentos cirúrgicos em breve, após a transferência para Brasília.
Em sua publicação nas redes sociais, o ex-presidente também aproveitou para comentar a movimentação no Congresso sobre a anistia aos golpistas envolvidos nos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro. Bolsonaro, que se declarou favorável à anistia, afirmou que continuará lutando pelo direito de liberdade de aqueles envolvidos nos ataques.
“Seguimos firmes. Um passo de cada vez. Em breve estarei de volta para lutar pela anistia dos presos políticos e por um país mais livre e mais próspero, como o povo brasileiro merece”, disse Bolsonaro.
O Partido Liberal (PL) e parlamentares da oposição têm pressionado para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautem um requerimento de urgência para a proposta de anistia. No entanto, Motta tenta negociar com o Supremo Tribunal Federal (STF) a redução das penas dos envolvidos nos ataques, buscando distensionar o ambiente político e evitar uma crise com o Poder Judiciário, responsável por julgar os golpistas.
