Lula pede a Putin extensão de cessar-fogo na guerra da Ucrânia

Em Moscou, presidente brasileiro defendeu trégua mais longa e reafirmou proposta por paz; governo ucraniano criticou a visita.

Redação NX Notícias
10/05/2025 16h15 - Atualizado há 1 dia
Lula pede a Putin extensão de cessar-fogo na guerra da Ucrânia
Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que amplie o cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia. O apelo foi feito em reunião no Kremlin, nesta sexta-feira (9), durante visita oficial de Lula a Moscou, que tem sido alvo de críticas por parte do governo ucraniano e de setores da política brasileira.

O atual cessar-fogo, iniciado em 8 de maio, foi decretado unilateralmente pela Rússia com duração de três dias, como parte das celebrações pelos 80 anos da vitória soviética sobre o nazismo. A Ucrânia defende uma trégua mais longa, de até 90 dias. Lula apoiou essa proposta em sua conversa com Putin, segundo fontes do governo brasileiro.

Após o encontro, Lula declarou a jornalistas que “queremos paz” e que essa posição é benéfica não só para os envolvidos no conflito, mas também para os Estados Unidos, União Europeia e o mundo. Segundo diplomatas, o presidente russo elogiou o papel do Brasil, mas não deu resposta concreta sobre estender a trégua.

A presença de Lula na celebração russa foi vista como sinal de apoio a um governo isolado por sanções e críticas internacionais. Entre os poucos líderes presentes ao lado de Putin estavam Xi Jinping (China), Nicolás Maduro (Venezuela) e Miguel Díaz-Canel (Cuba). Lula defendeu sua participação, chamando as críticas de “pequenez” e afirmando que a Europa deveria comemorar o fim do nazismo.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que Lula reiterou o compromisso do Brasil com a construção da paz, destacando o papel do Grupo de Amigos da Paz, iniciativa liderada por Brasil e China na ONU.

Neste sábado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também defendeu uma trégua de 30 dias, sem pré-condições, como passo para negociações de paz duradouras.


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