O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (21) os ataques contra três instalações nucleares do Irã e declarou que a ofensiva foi um "sucesso militar espetacular". Em discurso à nação, ele afirmou que o objetivo era interromper a capacidade de enriquecimento nuclear do país persa e enviar uma mensagem direta ao governo iraniano.
Segundo Trump, as principais estruturas nucleares iranianas foram totalmente destruídas. Ele ainda fez um alerta: “Hoje à noite, posso informar ao mundo que os ataques foram um sucesso militar espetacular. As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completamente e totalmente destruídas. O Irã, o valentão do Oriente Médio, agora deve escolher a paz. Se não o fizer, ataques futuros serão muito maiores e muito mais fáceis de executar.” O presidente também responsabilizou o país por mortes de soldados americanos no Oriente Médio nas últimas décadas.
Durante o pronunciamento, Trump elogiou a atuação conjunta com Israel, destacando a precisão dos ataques. “Haverá ou paz, ou tragédia para o Irã — muito maior do que vimos nos últimos oito dias. Lembrem‑se: ainda há muitos alvos. O de hoje à noite foi o mais difícil de todos, e talvez o mais letal. Mas se a paz não chegar rapidamente, iremos atrás dos outros alvos com precisão, velocidade e habilidade.”
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou. Ele agradeceu o apoio americano e afirmou que os bombardeios são parte de uma estratégia para conter a ameaça de enriquecimento de urânio. “Os ataques continuarão pelo tempo necessário para concluir a tarefa de afastar de nós a ameaça de aniquilação.”
A tensão aumentou desde o ataque de Israel contra o Irã no último dia 13. O governo iraniano afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos e que seguia em negociações com os EUA. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou que não há provas de que o Irã esteja construindo armas nucleares, mas apontou descumprimentos técnicos do tratado.
Trump, no entanto, desconsiderou os relatórios da inteligência americana de março, que afirmavam que o Irã não produzia armas nucleares. O contexto agrava a já frágil estabilidade regional, em meio ao histórico de acusações mútuas.
Israel, embora negue oficialmente possuir armas nucleares, é apontado por diversas fontes como detentor de um arsenal de até 90 ogivas atômicas desde a década de 1950.
