Resgate de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia é suspenso

Família critica operação: “Lenta, sem planejamento”. Juliana Marins, de 26 anos, está desaparecida desde sábado (21) após cair em trilha no Monte Rinjani.

Redação NX Notícias
23/06/2025 11h07 - Atualizado há 1 semana
Resgate de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia é suspenso
Foto: Redes sociais

O resgate de Juliana Marins, brasileira que caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, foi novamente interrompido nesta segunda-feira (23) por conta das condições climáticas. A jovem, de 26 anos, está desaparecida desde sábado (21) e, segundo a família, permanece sem acesso a água, comida e agasalho.

A irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou nas redes sociais que os socorristas estavam a 350 metros da jovem quando as buscas foram suspensas. “Eles avançaram apenas 250 metros em um dia inteiro. Faltavam 350 metros. Recuaram mais uma vez”, desabafou.

A família criou o perfil @resgatejulianamarins para centralizar as informações oficiais. Lá, denunciaram a lentidão do resgate e a falta de estrutura. “O parque segue funcionando normalmente, com turistas circulando, enquanto Juliana passa mais uma noite sozinha, ferida e sem atendimento”, escreveram.

Guia teria abandonado a brasileira durante trilha

Em entrevista ao Fantástico, Mariana relatou que Juliana foi deixada sozinha pelo guia do grupo após dizer que estava cansada. “O guia simplesmente disse ‘então descansa’ e seguiu viagem ao cume. Juliana ficou desesperada porque ninguém voltou e acabou caindo”, disse.

Imagens feitas por turistas com drone mostram Juliana caída no desfiladeiro por volta das 17h30 de sábado (horário local). Ela teria escorregado e caído cerca de 300 metros abaixo da trilha original.

Família desmente informações da embaixada

A Embaixada do Brasil na Indonésia e autoridades locais haviam informado que Juliana já teria recebido comida, água e agasalhos. A família, no entanto, negou. “Essa informação não é verdadeira. As equipes de resgate sequer conseguiram chegar até ela”, afirmou Mariana.

Vídeos divulgados como sendo do momento do resgate também foram desmentidos pelos familiares. “Essas imagens foram forjadas para parecer que Juliana já recebeu ajuda”, denunciou.

O embaixador brasileiro na Indonésia reconheceu, em ligação gravada, que repassou dados incorretos com base em informações locais imprecisas.

Quem é Juliana Marins

Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins é formada em Publicidade pela UFRJ e também atua como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela viajava pela Ásia em um mochilão e já havia passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

A jovem registrava a viagem nas redes sociais, onde compartilhava sua rotina com amigos e seguidores. Agora, familiares e apoiadores pedem ajuda urgente para acelerar as buscas.


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