O laudo pericial divulgado neste sábado (12) negou a ocorrência de tortura contra Leandro da Silva Sousa, de 32 anos, preso sob suspeita de assassinar o delegado Márcio Mendes Silveira. Leandro afirmou, durante audiência de custódia, que foi agredido no momento da prisão e no trajeto até a Delegacia de Caxias, no Maranhão.
As declarações do suspeito foram registradas em vídeo e ganharam repercussão após divulgação. No entanto, segundo o exame realizado, as lesões apresentadas — nos pés e ombro — são compatíveis com a versão de que ele teria corrido pelo mato e carregado uma estaca. O documento técnico concluiu que não havia sinais de tortura.
Durante a audiência, Leandro não conseguiu identificar quem supostamente teria o agredido. A Polícia Civil do Maranhão nega qualquer abuso durante a prisão.
Leandro foi localizado na tarde de sexta-feira (11), após uma operação que durou 31 horas e mobilizou cerca de 80 agentes das polícias civis do Maranhão e do Piauí, além da Polícia Rodoviária Federal. Ele estava escondido em uma área de mata no povoado Jenipapeiro, zona rural de Caxias, a cerca de 360 km de São Luís.