Ucrânia ataca Moscou com drones às vésperas de visita de Xi Jinping

Ataques forçam fechamento de aeroportos e aumentam tensão antes de desfile militar na Rússia.

Redação NX Notícias
07/05/2025 11h05 - Atualizado há 19 horas
 Ucrânia ataca Moscou com drones às vésperas de visita de Xi Jinping
Foto: SPUTNIK

A capital russa, Moscou, foi alvo de ataques com drones ucranianos pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira (7). Os ataques ocorreram horas antes da chegada do presidente da China, Xi Jinping, para uma visita oficial marcada por forte simbolismo político e militar.

De acordo com o prefeito de Moscou, pelo menos 14 drones foram interceptados por unidades de defesa aérea. Como medida de segurança, aeroportos foram fechados e vários voos cancelados.

Xi Jinping é o principal líder internacional convidado para o desfile militar do dia 9 de maio, que marca os 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A presença de Xi dá ao presidente Vladimir Putin um importante respaldo diplomático em meio ao isolamento internacional por causa da guerra na Ucrânia.


Rússia reage e critica Ucrânia

O Kremlin classificou os ataques como atos de terrorismo e garantiu que seus serviços de inteligência estão tomando medidas para proteger as celebrações. Autoridades russas dizem que os bombardeios ucranianos tentam sabotar o evento, enquanto Kiev criticou abertamente a visita de Xi Jinping.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu que países não enviem tropas ao desfile, sugerindo que isso poderia ser visto como apoio implícito à Rússia na guerra.


Xi Jinping tenta equilibrar discurso

A China se manteve neutra oficialmente, mas forneceu apoio econômico decisivo à Rússia, sobretudo na compra de petróleo e gás. Em resposta à crise, Xi defendeu o diálogo e acusou os Estados Unidos de prolongarem a guerra ao fornecer armas à Ucrânia.

O presidente chinês deve se reunir com Putin na quinta-feira (8) e participar do desfile na sexta-feira (9), junto a outros 28 líderes internacionais — incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.


FONTE: Agência Brasil
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