O príncipe Harry perdeu o recurso na Justiça britânica contra a decisão do governo do Reino Unido de reduzir sua segurança policial desde que deixou os deveres reais e se mudou para os Estados Unidos com a esposa, Meghan Markle.
O caso foi julgado pelo Tribunal de Apelação de Londres, e a decisão foi anunciada nesta sexta-feira (2). O juiz Geoffrey Vos reconheceu que os argumentos da defesa eram "poderosos e comoventes", mas concluiu que o sentimento de injustiça do duque não era suficiente para reverter a decisão da autoridade responsável pela segurança da família real (RAVEC).
Desde que renunciou aos compromissos oficiais em 2020, Harry não tem mais direito à proteção policial financiada pelo Estado britânico, que é garantida apenas aos membros ativos da realeza. Agora, a segurança do príncipe e de sua família é avaliada caso a caso, conforme decisão do Ministério do Interior.
A defesa de Harry alegou que ele está sob ameaça constante, inclusive com registros de que a Al-Qaeda teria pedido sua morte, além de relembrar um episódio de perseguição por paparazzi em Nova York, em 2023. Os advogados afirmaram que a falta de proteção inviabiliza visitas ao Reino Unido.
As audiências foram realizadas parcialmente a portas fechadas, por envolver informações confidenciais sobre a segurança do príncipe. A advogada Shaheed Fatima ressaltou o impacto humano do caso: “Estamos falando da vida de uma pessoa, cuja segurança está em risco”.
Harry é filho mais novo do rei Charles III, com quem teve seu último encontro público há mais de um ano, pouco depois do diagnóstico de câncer do monarca.