O Tribunal do Júri de Fortaleza condenou Ednardo dos Santos Lima a 790 anos e 4 meses de prisão por participação direta na Chacina das Cajazeiras, que resultou na morte de 14 pessoas e deixou 15 feridas durante uma festa no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, no ano de 2018.
A sentença foi proferida na madrugada desta sexta-feira (9), após 15 horas de julgamento no Fórum Clóvis Beviláqua. O júri popular acatou a tese do Ministério Público do Ceará (MPCE), que apontou Ednardo como um dos mandantes do crime.
Segundo a denúncia, ele era um dos líderes da facção Guardiões do Estado (GDE) e teria ordenado o ataque como parte de uma disputa com o Comando Vermelho pelo controle do tráfico de drogas na região. O massacre ocorreu durante uma festa conhecida como “Forró do Gago”, em 27 de janeiro de 2018.
14 homicídios qualificados
15 tentativas de homicídio (uma delas contra uma criança)
Integração em organização criminosa
A pena será cumprida de forma imediata e em regime fechado, conforme determinação do juiz Antônio Josimar Almeida Alves, da 2ª Vara do Júri de Fortaleza.
O caso é considerado um dos mais complexos da história do Judiciário cearense, com 15 réus denunciados. O processo já acumula mais de seis mil páginas e prevê novos julgamentos à medida que os recursos forem analisados.
A maioria das vítimas da chacina, segundo o MP, não tinha qualquer envolvimento com facções criminosas, reforçando a brutalidade e o impacto do crime sobre a comunidade local.