A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou, nesta sexta-feira (30), o governo do presidente Donald Trump a revogar o status legal temporário de mais de 500 mil imigrantes. A medida atinge venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses que haviam obtido liberdade condicional humanitária durante o governo de Joe Biden.
O programa, lançado em 2022, permitia que imigrantes dessas nacionalidades entrassem legalmente nos EUA com apoio de patrocinadores norte-americanos. O visto tinha validade inicial de dois anos e garantia a possibilidade de trabalhar e residir no país.
A decisão da Suprema Corte reverte uma ordem judicial que suspendia a revogação anunciada por Trump em março. O julgamento não teve votos revelados, mas duas juízas se opuseram à medida. A decisão abre caminho para a deportação imediata de milhares de pessoas.
No processo, o Departamento de Justiça defendeu que o programa comprometia políticas de segurança na fronteira, enquanto os imigrantes alegaram risco de separação familiar, deportação forçada e até morte, caso retornem a seus países de origem.
A liberdade condicional de imigração é uma ferramenta prevista na legislação americana para casos de urgência humanitária ou benefício público significativo.
