Bolsonaro nega fuga e pede fim da prisão domiciliar

Defesa afirma que documento de asilo achado em celular era apenas um rascunho e solicita revogação da medida imposta pelo STF.

Redação Nx Notícias
23/08/2025 23h48 - Atualizado há 1 semana
Bolsonaro nega fuga e pede fim da prisão domiciliar
Foto: Rosinei Coutinho/STF

A defesa de Jair Bolsonaro negou nesta sexta-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente tenha solicitado asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. Os advogados também rejeitaram qualquer intenção de fuga do país.

A manifestação foi apresentada após o ministro Alexandre de Moraes conceder prazo de 48 horas para explicações sobre o documento de asilo encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular de Bolsonaro. O arquivo, de 33 páginas, estava salvo no aparelho desde 2024.

Segundo a defesa, o material era apenas um rascunho enviado por terceiros. “A autoridade policial evidentemente sabe – posto que cediço – que para se aventar de uma prisão preventiva é preciso haver fato contemporâneo. Mas, ainda assim, tem apenas um documento, que reconhece ser mero rascunho antigo enviado por terceiro, além da indeclinável constatação de que o tal pedido não se materializou”, diz o texto enviado ao STF.

Os advogados também pediram a revogação da prisão domiciliar determinada por Moraes no início de agosto. Caso não haja reconsideração, a defesa solicita julgamento imediato do recurso interposto no último dia 6.

A equipe jurídica reiterou que Bolsonaro cumpre todas as cautelares, como a proibição de sair do país e de usar redes sociais próprias ou de terceiros. “Prestados os esclarecimentos solicitados, aproveita-se para requerer a reconsideração no que toca à decisão que determinou a prisão domiciliar, ou caso Vossa Excelência assim não entenda, o julgamento urgente do agravo regimental interposto pela defesa no último dia 06 de agosto”, completou a defesa.

Bolsonaro e o filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados pela PF no inquérito sobre sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. O caso foi encaminhado por Moraes à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se haverá denúncia ao STF.


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