O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu, nesta sexta-feira (22), as fianças impostas aos empresários Sidney Oliveira, dono da rede Ultrafarma, e Mário Gomes, do grupo Fast Shop. Ambos estavam em liberdade desde 15 de agosto, após avaliação do Ministério Público de que não representavam risco às investigações da Operação Ícaro.
A decisão foi relatada pela juíza Carla Rahal, que classificou como abusivo o valor de R$ 25 milhões, fixado anteriormente. Segundo a magistrada, a quantia era desproporcional, já que superava em cinco vezes a renda anual de Oliveira.
Os dois empresários são investigados por envolvimento em esquema de corrupção na Secretaria da Fazenda de São Paulo, que teria desviado mais de R$ 1 bilhão em propina por meio da manipulação de créditos de ICMS. O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como líder do esquema, segue preso.
De acordo com o Ministério Público, as investigações prosseguem. O Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC) acompanha o caso e poderá apresentar novas denúncias.