PF desarticula fábrica clandestina que produzia 3,5 mil fuzis por ano para facções do Rio

A Operação Forja cumpriu mandados no Rio, São Paulo e Minas; sete pessoas foram presas e R$ 40 milhões em bens foram bloqueados pela Justiça Federal.

Redação Nx Notícias
16/10/2025 00h28 - Atualizado há 1 dia
PF desarticula fábrica clandestina que produzia 3,5 mil fuzis por ano para facções do Rio
Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Forja, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável pela produção, montagem e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito. Segundo as investigações, o grupo tinha capacidade de fabricar até 3,5 mil fuzis por ano, que abasteciam facções criminosas do Rio de Janeiro, especialmente ligadas ao Comando Vermelho.

A operação foi realizada em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF) e contou com o apoio da Polícia Militar de São Paulo. Cerca de 50 policiais federais cumpriram 10 mandados de prisão preventiva e 8 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Durante a ação, sete pessoas foram presas — duas no Rio de Janeiro e cinco em São Paulo. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 40 milhões em bens e valores pertencentes aos investigados, com o objetivo de descapitalizar a organização criminosa.

O nome da operação faz referência direta à atividade central do grupo: a forja de armas em escala industrial.

Desdobramento da Operação Wardogs

A investigação é um desdobramento da Operação Wardogs, deflagrada em outubro de 2023, quando o líder do grupo, Silas Diniz, foi preso em flagrante com 47 fuzis em Belo Horizonte (MG), onde funcionava uma das fábricas clandestinas. Mesmo em prisão domiciliar, ele continuou comandando as atividades ilícitas.

Durante a nova fase, a PF apreendeu R$ 158 mil em espécie no apartamento de Diniz, localizado em frente à praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele e a esposa foram novamente presos.

De acordo com a PF, o grupo importava componentes de fuzis dos Estados Unidos e da China e utilizava máquinas de alta precisão para a montagem das armas em território nacional. O armamento era distribuído a facções criminosas cariocas, com entregas destinadas ao Complexo do Alemão, Penha e Rocinha.

Os investigados vão responder por organização criminosa majorada, tráfico internacional de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de armas.


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