A mineira Luísa Militão Vicente Barroso, de apenas 25 anos, tomou posse como juíza federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, e tornou-se a mais jovem magistrada federal em atividade no Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Natural de Inhapim, no leste de Minas Gerais, Luísa deixou sua cidade natal aos 16 anos para estudar no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni/UFV). Posteriormente, ingressou na Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde iniciou a preparação focada em concursos públicos ainda durante a graduação em Direito.
Antes da aprovação no TRF1, a jovem foi aprovada para o cargo de promotora de justiça no Ministério Público da Bahia (MPBA) e também na Defensoria Pública de Minas Gerais. Sua posse como juíza federal ocorreu em 31 de outubro de 2024, menos de dois anos após o início da preparação intensiva.
A rotina de estudos incluiu oito horas líquidas diárias de videoaulas e leituras, além de simulados nos finais de semana. Apesar da dedicação, Luísa manteve uma rotina equilibrada, conciliando os estudos com atividade física e a vida pessoal, inclusive casando-se e mudando-se para Vitória da Conquista (BA) durante o processo.
"Estudar, saber, agir e vencer. Carrego essas quatro palavras do lema da UFV comigo em meu coração, como uma estrela guia", escreveu Luísa em suas redes sociais.
A trajetória da jovem juíza também foi marcada por reprovações e contratempos, como o impedimento de avançar em provas iniciais no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e na Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), além de dificuldades relacionadas a exigências de tempo de prática jurídica.
Mesmo diante das adversidades, Luísa Militão destaca que a persistência, a disciplina e a construção de uma rotina saudável foram essenciais para alcançar a magistratura em tão pouco tempo após a formatura.
