A demissão do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, provocou um racha entre os parlamentares do PDT no Congresso Nacional nesta terça-feira (6). Enquanto a bancada do partido na Câmara dos Deputados anunciou oficialmente o rompimento com o governo Lula, os senadores decidiram manter o apoio à base governista.
A decisão dos deputados ocorreu quatro dias após Lupi, que é presidente licenciado da sigla, pedir exoneração do cargo, em meio às investigações da Polícia Federal que revelaram fraudes em descontos aplicados a aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. O escândalo gerou forte pressão interna no governo e tornou insustentável a permanência do ex-ministro.
Apesar da cisão, o líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA), afirmou em nota que o partido “segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”, mesmo com o posicionamento divergente entre as casas legislativas. Ele disse ainda que há “afinidade” com as pautas defendidas pela atual gestão federal.
O comunicado dos senadores marca uma tentativa de preservar a relação institucional com o Palácio do Planalto, enquanto os deputados manifestam insatisfação com o que classificam como falta de apoio do governo ao partido diante da crise.
