Maternidade após os 30 cresce no Brasil em meio à queda de nascimentos

Dados do IBGE mostram queda no número total de nascimentos pelo quinto ano seguido, enquanto cresce o número de mães com mais de 30 anos. Regiões Norte e Nordeste ainda concentram maior proporção de partos entre adolescentes.

Redação Nx Notícias
16/05/2025 23h36 - Atualizado há 5 dias
Maternidade após os 30 cresce no Brasil em meio à queda de nascimentos
Agência Brasil

O número de nascimentos no Brasil segue em queda. Em 2023, foram registrados 2,52 milhões de nascimentos, uma redução de 0,7% em relação a 2022. Esse é o quinto recuo consecutivo desde 2019, segundo as Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo IBGE.

O perfil das mães também está mudando. A proporção de nascimentos entre mulheres de 30 a 34 anos passou de 14,6% em 2003 para 21% em 2023. Já para mães de 35 a 39 anos, o percentual subiu de 7,2% para 13,7% no mesmo período. Por outro lado, adolescentes com até 19 anos viram sua participação cair de 20,9% para 11,8% em 20 anos.

Apesar do avanço, o sub-registro ainda preocupa, principalmente entre mães com menos de 15 anos. Essa faixa apresentou índice de 6,57% de registros não formalizados, com destaque negativo para as regiões Norte (3,73%) e Nordeste (1,49%).

As mães de 25 a 29 anos ainda lideram os nascimentos, com 641 mil registros (25,5%), seguidas pelas de 20 a 24 anos (23,6%). Essa última faixa, no entanto, apresenta recuo constante desde 2003.

Além da queda nos nascimentos, os dados revelam redução de 5% no número de óbitos, totalizando 1,43 milhão em 2023. A maior queda foi entre idosos de 80 anos ou mais (-7,9%), indicando um retorno gradual aos padrões pré-pandemia. Óbitos masculinos seguem superiores aos femininos: foram 783 mil contra 646 mil, respectivamente.

O levantamento mostra ainda que o número de casamentos caiu 3%, enquanto os entre pessoas do mesmo sexo cresceram 1,6%, atingindo novo recorde (11,2 mil). A idade média ao se casar aumentou, com 25,1% das mulheres e 31,3% dos homens com 40 anos ou mais formalizando a união civil.

Já os divórcios aumentaram 4,9%, somando 440,8 mil em 2023. Quase metade ocorreu entre casais com filhos menores. O tempo médio até a separação foi de 13,8 anos, contra 16 anos em 2010.

O IBGE também aponta melhora na cobertura dos registros civis. O sub-registro de nascimentos caiu para 1,05%, o menor desde 2015, e o de óbitos ficou em 3,55%, com destaque negativo para Maranhão, Amapá e Piauí em mortes de crianças com menos de um ano.


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