A queda da monarquia no Irã ocorreu em fevereiro de 1979, com a Revolução Islâmica, movimento que levou à deposição do xá Mohammad Reza Pahlavi e ao fim de mais de 2.500 anos de monarquia persa. A mudança foi liderada pelo clérigo xiita aiatolá Ruhollah Khomeini, que retornou do exílio para assumir o controle político e religioso do país.
O regime do xá, aliado dos Estados Unidos, enfrentava forte insatisfação popular, marcada por denúncias de corrupção, repressão política e desigualdade social. Apesar de modernizar setores da economia e promover reformas ocidentais, o governo perdeu apoio por ignorar as tradições culturais e religiosas da maioria da população.
Com a mobilização de milhões de iranianos em protestos, o xá deixou o país em janeiro de 1979. Pouco depois, Khomeini chegou a Teerã e foi recebido como líder espiritual e político da nova ordem. A monarquia foi oficialmente abolida e substituída pela República Islâmica do Irã, em um referendo nacional.
O novo regime centralizou o poder nas mãos do líder supremo, cargo ocupado inicialmente por Khomeini, e implementou uma teocracia baseada na interpretação da sharia (lei islâmica). Essa transição alterou profundamente as relações do Irã com o Ocidente e consolidou o país como uma potência religiosa e política no Oriente Médio.
A Revolução Islâmica é considerada um dos eventos mais importantes do século XX e segue influenciando os rumos do Irã até hoje, especialmente em questões de liberdade civil, política externa e papel das mulheres na sociedade.