A residência da família do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), localizada em Miami, nos Estados Unidos, pode entrar na mira das sanções impostas pelo governo americano. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30), após os EUA incluírem Alexandre de Moraes na lista da Lei Global Magnitsky.
O apartamento está registrado em nome de uma empresa offshore, a Telube Florida LLC, atualmente controlada por Bernardo Van Brussel Barroso, filho do ministro. O imóvel, de 158 m², foi adquirido pela família por cerca de US$ 3,1 milhões (R$ 16,7 milhões à época) em 2014, mas hoje está avaliado em US$ 4,1 milhões (aproximadamente R$ 22,1 milhões).
Segundo registros públicos do Condado de Miami-Dade, o imóvel foi comprado antes de Barroso ser nomeado ao STF, em junho de 2013. A burocracia para o registro foi concluída apenas em março de 2014.
A offshore Telube foi criada com apoio de um escritório local e leva as iniciais dos nomes da família. Inicialmente, estava em nome de Teresa Cristina Van Brussel, esposa do ministro, falecida em 2023. Com a reestruturação, o filho passou a ser o responsável legal pela empresa.
O apartamento está situado em Brickell, um dos bairros mais valorizados de Miami, com vista para o mar. A área também abriga imóveis de outros nomes do Judiciário brasileiro, como o ex-ministro Joaquim Barbosa.
A inclusão de Moraes na lista de sanções dos EUA levanta a possibilidade de que outros ministros e familiares também sejam atingidos. Caso isso ocorra, o imóvel da família Barroso pode ser bloqueado, já que está vinculado a um cidadão brasileiro listado em posição de destaque no Judiciário.
