Julgamento no STF define se Bolsonaro e aliados serão punidos

Primeira Turma da Corte retoma análise nesta terça (9) e deve decidir se ex-presidente e outros sete réus serão condenados ou absolvidos em ação penal.

Redação NX Notícias
08/09/2025 13h38 - Atualizado há 6 horas
Julgamento no STF define se Bolsonaro e aliados serão punidos
Foto: Supremo Tribunal Federal / AFP

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (9) uma nova etapa do julgamento que apura a acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022 contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete ex-auxiliares. A Primeira Turma também reservou os dias 10, 11 e 12 de setembro para a continuidade do caso.

Nesta fase, os ministros decidirão se os réus serão condenados ou absolvidos. O processo segue as normas constitucionais, assegurando ampla defesa, contraditório e devido processo legal. Antes de entrar no mérito, os magistrados vão analisar questões preliminares levantadas pelas defesas, como a legalidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.

O relator Alexandre de Moraes será o primeiro a apresentar voto, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A definição será por maioria simples. Caso haja condenação, as penas serão fixadas conforme a participação de cada acusado, mas ainda caberão recursos dentro do próprio STF.

Crimes apontados pela PGR

A denúncia da Procuradoria-Geral da República atribui aos acusados cinco crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos);

  • Golpe de Estado (4 a 12 anos);

  • Organização criminosa (3 a 8 anos);

  • Dano qualificado ao patrimônio da União (6 meses a 3 anos);

  • Deterioração de patrimônio tombado (1 a 3 anos).

Réus listados

Além de Bolsonaro, também são réus:

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil;

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.


    Notícias Relacionadas »