STF forma maioria pela prisão de Collor, mas decisão vai ao plenário físico

Placar parcial é de 4 a 0 pela manutenção da prisão do ex-presidente. Com pedido de destaque de Gilmar Mendes, julgamento segue no plenário presencial.

Redação NX Notícias
25/04/2025 14h15 - Atualizado há 1 semana
STF forma maioria pela prisão de Collor, mas decisão vai ao plenário físico
Foto: Reprodução I.A

O julgamento sobre a manutenção da prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi interrompido nesta sexta-feira (25) e será transferido para o plenário físico do Supremo Tribunal Federal (STF). A mudança ocorre após o ministro Gilmar Mendes pedir o chamado “destaque”, que suspende a análise no plenário virtual.

Apesar da interrupção, o placar parcial no sistema virtual já é de 4 a 0 pela manutenção da prisão, com votos favoráveis de Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Os demais ministros ainda podem votar até as 23h59 desta sexta-feira.

Collor foi preso nesta sexta, em sua residência, em Maceió (AL). A detenção ocorreu após o STF confirmar a condenação do ex-presidente, em 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em processo oriundo da Operação Lava Jato.

Na véspera da prisão, Alexandre de Moraes havia negado os últimos recursos apresentados pela defesa, alegando que tinham caráter protelatório. A defesa, em nota, afirmou que a decisão foi recebida com "surpresa e preocupação", e reiterou que Collor irá cumprir a ordem, mesmo com divergências sobre a suposta prescrição.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Collor de receber cerca de R$ 26 milhões entre 2010 e 2014, por meio de propinas ligadas à BR Distribuidora, estatal na qual o ex-presidente indicava diretores. A Corte reconheceu como comprovado o recebimento de R$ 20 milhões.

A condenação foi baseada em depoimentos de delatores como Alberto Youssef, Ricardo Pessoa (UTC) e Rafael Ângulo, além da apreensão de bens de luxo — incluindo Ferrari, Porsche e Lamborghini — registrados em empresas de fachada.

Com a análise agora levada ao plenário presencial, a prisão de Fernando Collor permanece válida até nova deliberação do STF.


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