O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste domingo (29) de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, ao lado de aliados e apoiadores. Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o evento teve como lema "Justiça Já" e reuniu cerca de 12,4 mil pessoas, segundo levantamento por imagens de drones. Durante o discurso, Bolsonaro voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), comentou as eleições de 2022 e projetou 2026.
“Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil. Nem preciso ser presidente”, declarou, afirmando que é processado por uma "fumaça de golpe" e não por corrupção.
O ex-presidente relembrou a facada de 2018, criticou decisões do STF e reforçou o discurso de que houve desequilíbrio nas eleições passadas. “A mão pesada do STF fez-se valer na balança”, disse.
O evento contou com a presença de governadores e parlamentares aliados:
- Tarcísio de Freitas (SP)
- Romeu Zema (MG)
- Cláudio Castro (RJ)
- Jorginho Mello (SC)
- Senadores Flávio Bolsonaro, Marcos Rogério e Magno Malta
- Deputados como Bia Kicis, Gustavo Gayer e Marco Feliciano
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL
Tarcísio discursou em nome dos governadores presentes, defendeu Bolsonaro e criticou o governo atual. “Não há democracia tirando uma pessoa das urnas. Vamos dar a resposta no ano que vem”, afirmou.
Silas Malafaia também criticou o STF, especificamente a tese que responsabiliza redes sociais por postagens de usuários.
Em março, o STF tornou Bolsonaro réu, junto com outros sete aliados, por tentativa de golpe de Estado em 2022. A denúncia da Procuradoria-Geral da República foi aceita por unanimidade. O caso está na fase final, com prazo para as alegações finais das partes.
No depoimento prestado em junho, Bolsonaro negou envolvimento em planos ilegais, reconheceu exageros na retórica e afirmou que buscava apoio militar, mas não tramava um golpe.
Desde os atos de 8 de janeiro de 2023, o STF já condenou 497 pessoas por tentativa de golpe.