A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou, nesta terça-feira (1º), a segunda fase da Operação Estética com Segurança. A ação acontece no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Piauí, Ceará e Amazonas, com inspeções em clínicas de estética, farmácias de manipulação e distribuidoras de produtos médicos e cosméticos. Ao todo, 77 fiscais federais, estaduais e municipais participam da força-tarefa.
No Piauí, nove clínicas foram autuadas. Uma delas teve o serviço de lipoaspiração interditado. Os fiscais encontraram seringas reutilizadas, fios de PDO sem registro, medicamentos vencidos e produtos sem identificação. Também foi detectado o armazenamento conjunto de alimentos e medicamentos em geladeiras.
No Ceará, todas as quatro clínicas vistoriadas foram autuadas. Havia medicamentos manipulados sem prescrição, produtos injetáveis vendidos como cosméticos e equipamentos sem registro sanitário.
Em Manaus (AM), seis estabelecimentos foram fiscalizados e quatro autuados. Foram encontrados fios de sustentação sem registro, medicamentos sem data de validade, além de equipamentos irregulares como lipoaspiradores e bombas de infusão.
No Distrito Federal, quatro distribuidoras foram inspecionadas. Uma delas teve 340 cosméticos interditados por estarem com registros cancelados. Outras foram intimadas a comprovar o funcionamento regular.
Já em São Paulo, uma farmácia e uma distribuidora foram alvo da ação. Um dos locais foi flagrado com receitas de medicamentos controlados emitidas por fisioterapeutas, o que é ilegal. Também foram encontrados produtos injetáveis com substâncias não autorizadas no Brasil.
Todos os estabelecimentos autuados terão processo administrativo aberto. A Anvisa orienta a população a verificar se os locais têm licença da Vigilância Sanitária e se os profissionais possuem registro regular nos conselhos de classe. Promessas de resultados garantidos e preços muito baixos também são sinais de alerta.
A Operação faz parte da campanha do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) para alertar sobre os riscos de procedimentos estéticos feitos sem controle.
