O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), denunciou um rombo de aproximadamente R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura da capital. O valor seria resultado de dívidas acumuladas na gestão anterior, do ex-prefeito Dr. Pessoa, e atinge diretamente contratos com empresas, servidores públicos e instituições financeiras.
Silvio afirmou que o impacto já se espalha pela iniciativa privada: “Muitas empresas estão quebradas porque confiaram e não receberam”, declarou durante apresentação das finanças municipais.
Restos a pagar
Segundo Mendes, o maior passivo está nos restos a pagar – valores de contratos firmados e serviços prestados que não foram quitados. O total soma quase R$ 1 bilhão:
R$ 480 milhões em serviços e materiais entregues;
R$ 280 milhões em ações utilizadas e não pagas;
R$ 212 milhões em outras despesas pendentes.
Déficit na Saúde
A Fundação Municipal de Saúde é uma das áreas mais afetadas. Apenas com medicamentos e insumos hospitalares, a dívida acumulada chega a R$ 110 milhões.
Empréstimos em aberto
Além das dívidas diretas, Mendes apresentou os valores de empréstimos feitos em gestões anteriores com bancos nacionais e internacionais, que somam mais de R$ 1,2 bilhão:
Banco do Brasil: R$ 570 milhões
BRB: R$ 100 milhões
Caixa: R$ 275 milhões
CAF: R$ 123 milhões
BID: R$ 202 milhões
Encargos trabalhistas atrasados
O passivo inclui ainda pendências com servidores, como:
IPTM: R$ 502 milhões
FGTS: R$ 8 milhões
INSS: R$ 4 milhões
Crise fiscal
Diante da situação, o prefeito sinalizou que parte das dívidas será judicializada e cobrada ou renegociada: “É preciso pagar quem se deve e negociar com quem está cobrando”, afirmou Silvio Mendes.