Silvio Mendes denuncia rombo de R$ 3 bi na Prefeitura de Teresina

Prefeito de Teresina, Silvio Mendes, expôs nesta semana um rombo de cerca de R$ 3 bilhões herdado da gestão anterior. “Muitas empresas quebraram confiando na Prefeitura”, disse o gestor.

Redação NX Notícias
08/05/2025 11h50 - Atualizado há 5 horas
Silvio Mendes denuncia rombo de R$ 3 bi na Prefeitura de Teresina
Foto: Reprodução

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), denunciou um rombo de aproximadamente R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura da capital. O valor seria resultado de dívidas acumuladas na gestão anterior, do ex-prefeito Dr. Pessoa, e atinge diretamente contratos com empresas, servidores públicos e instituições financeiras.

Silvio afirmou que o impacto já se espalha pela iniciativa privada: “Muitas empresas estão quebradas porque confiaram e não receberam”, declarou durante apresentação das finanças municipais.

Restos a pagar
Segundo Mendes, o maior passivo está nos restos a pagar – valores de contratos firmados e serviços prestados que não foram quitados. O total soma quase R$ 1 bilhão:

  • R$ 480 milhões em serviços e materiais entregues;

  • R$ 280 milhões em ações utilizadas e não pagas;

  • R$ 212 milhões em outras despesas pendentes.

Déficit na Saúde
A Fundação Municipal de Saúde é uma das áreas mais afetadas. Apenas com medicamentos e insumos hospitalares, a dívida acumulada chega a R$ 110 milhões.

Empréstimos em aberto
Além das dívidas diretas, Mendes apresentou os valores de empréstimos feitos em gestões anteriores com bancos nacionais e internacionais, que somam mais de R$ 1,2 bilhão:

  • Banco do Brasil: R$ 570 milhões

  • BRB: R$ 100 milhões

  • Caixa: R$ 275 milhões

  • CAF: R$ 123 milhões

  • BID: R$ 202 milhões

Encargos trabalhistas atrasados
O passivo inclui ainda pendências com servidores, como:

  • IPTM: R$ 502 milhões

  • FGTS: R$ 8 milhões

  • INSS: R$ 4 milhões

Crise fiscal
Diante da situação, o prefeito sinalizou que parte das dívidas será judicializada e cobrada ou renegociada: “É preciso pagar quem se deve e negociar com quem está cobrando”, afirmou Silvio Mendes.


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