O confronto direto entre Irã e Israel chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (16), com ao menos 238 mortos. Desde o início da ofensiva israelense na sexta-feira (13), o Irã contabiliza 224 vítimas, incluindo 60 civis em um único ataque a um prédio em Teerã. Em Israel, 14 pessoas morreram, entre elas mulheres e crianças.
Israel lançou a "Operação Leão Ascendente" com bombardeios que atingiram a cúpula militar iraniana e instalações nucleares. Entre os mortos estão Mohammad Kazemi, chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária, e os generais Hossein Salami e Mohammad Bagheri.
O Irã respondeu com mísseis contra cidades israelenses, atingindo refinarias e prédios residenciais. Tel Aviv e Haifa estão entre os alvos. A refinaria em Haifa sofreu danos, mas segue operando. Em Teerã, depósitos de combustível foram incendiados.
Especialistas alertam para o desequilíbrio militar. Segundo Leonardo Trevisan, da ESPM, o Irã perdeu capacidade defensiva desde outubro de 2024, tornando-se vulnerável a ataques aéreos.
Com a escalada, o preço do petróleo disparou 9% na sexta-feira e pode seguir em alta. A União Europeia convocou reunião emergencial para terça (17). Donald Trump declarou que os EUA podem se envolver, mas vetou plano israelense para matar o aiatolá Ali Khamenei.
No Brasil, ao menos 41 autoridades estão em Israel e tentam deixar o país. Um grupo deve ser escoltado até a Jordânia nesta segunda.
Apesar de conversas diplomáticas, ainda não há cessar-fogo. O Irã exige o direito de enriquecer urânio. Israel rejeita. A comunidade internacional teme novos desdobramentos regionais.