O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) reagiu com críticas às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, a medida representa uma tentativa de interferência estrangeira contra as instituições democráticas brasileiras.
As sanções, aplicadas com base na Lei Magnitsky, preveem o bloqueio de bens de Moraes em território norte-americano, impedimento de transações com empresas ou cidadãos dos EUA, inclusive via cartões de crédito, e proibição de entrada no país. O governo americano justificou as medidas com base em supostas violações de direitos humanos.
“Hoje, somos todos Alexandre de Moraes. Porque não é um ataque a um ministro, é um ataque ao Brasil, à nossa soberania”, escreveu Lindbergh nas redes sociais.
O parlamentar também acusou o ex-presidente Donald Trump e a direita internacional de promoverem um projeto autoritário, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“Que vergonha essa família Bolsonaro, traidores da pátria. Eduardo Bolsonaro, canalha, conspirando contra o Brasil, contra as instituições nacionais.”, declarou o deputado.
Lindbergh classificou a decisão dos EUA como uma retaliação política e afirmou que o objetivo é atacar a democracia brasileira. Segundo ele, a sanção seria articulada por setores estrangeiros em aliança com forças políticas nacionais contrárias às instituições.
“O ataque ao ministro é um ataque pessoal, é o ataque a um país, é o ataque à nossa soberania, à nossa democracia, ao Poder Judiciário independente”, completou.
O episódio reforça a tensão diplomática entre o Brasil e o governo Trump, que tem adotado medidas punitivas contra autoridades brasileiras vinculadas a decisões do STF.