A Câmara dos Deputados decidiu retirar de pauta, nesta terça-feira (8), a Medida Provisória (MP) que propunha alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão, aprovada por 251 votos a favor e 193 contra, impediu a votação da matéria, que perde validade nesta quarta-feira (9).
A proposta era tratada como uma das principais ações econômicas do governo federal, já que estimava arrecadar aproximadamente R$ 17 bilhões em 2026, ano de eleição presidencial. O texto previa ajustes na tributação de investimentos, fintechs e compensações tributárias, com o objetivo de ampliar as receitas sem elevar diretamente o IOF.
Para viabilizar a aprovação, o relator da medida, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), modificou pontos do texto original e atendeu a solicitações de parlamentares do setor produtivo, especialmente do agronegócio. Mesmo assim, integrantes da base governista afirmam que acordos políticos foram desfeitos, o que inviabilizou a votação.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou ativamente das negociações, reunindo-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e lideranças do Congresso ao longo do dia, em uma tentativa final de garantir a aprovação da MP — que agora perde validade sem ser votada.