O Supremo Tribunal Federal (STF) ampliou, neste sábado (30), as medidas de fiscalização contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a acompanhar presencialmente a área externa da residência do ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
A decisão atende a manifestações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alertou para risco de fuga. Moraes já havia ordenado, no início da semana, monitoramento contínuo por parte das autoridades.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, havia sugerido a instalação de câmeras na parte externa da casa, afastando a necessidade de agentes dentro do imóvel. “Não se aponta situação crítica de segurança no interior da casa. (...) A preocupação se cingiria ao controle da área externa”, destacou.
Além da vigilância presencial, o ministro determinou que todos os veículos que deixarem o endereço de Bolsonaro passem por revista obrigatória. Os dados de cada vistoria — incluindo placa, motoristas e passageiros — deverão ser enviados diariamente ao juízo responsável.
Segundo a PGR e o STF, o risco de fuga também envolve a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos articulando apoio político contra decisões do Judiciário brasileiro.
Bolsonaro responde a processo sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, mas sua prisão domiciliar decorre de outro inquérito, que apura suspeita de coação a autoridades ligadas às investigações.