O Tribunal de Contas da União (TCU) enviou ao Congresso Nacional um relatório com críticas à forma como o Programa Mais Médicos vem sendo conduzido desde sua retomada, em 2023. O documento aponta que o governo não definiu critérios claros de avaliação, não possui estudos de custo-benefício e apresenta deficiências na governança.
Segundo o levantamento, entre 2018 e 2024 o Brasil destinou mais de R$ 20 bilhões ao programa. Apesar do aumento no número de médicos na atenção primária, o TCU destaca que não há comprovação de que a presença desses profissionais tenha impacto direto em indicadores como redução da mortalidade infantil ou diminuição das internações evitáveis.
O tribunal ainda observou que o Mais Médicos não foi incluído no Plano de Gestão de Riscos do Ministério da Saúde (2022-2024). Além disso, o Comitê Interno de Governança ficou inativo durante quase todo o ano de 2023, sendo substituído apenas em dezembro de 2024 por um novo comitê estratégico, que deve ter sua primeira reunião em 2025.
Segundo o TCU, as falhas identificadas comprometem a análise da eficiência e a eficácia do Mais Médicos,