O Ministério da Saúde iniciou o envio da segunda remessa de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. Com a nova distribuição, o total de ampolas chega a 1.125, contemplando nove estados: Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro.
A medida faz parte das ações emergenciais de resposta aos casos suspeitos e confirmados de intoxicação por metanol registrados no país nas últimas semanas. O antídoto é distribuído a partir do estoque estruturado em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), garantindo reposição imediata conforme a demanda de estados e municípios.
O Ministério da Saúde também confirmou a aquisição de outras 60 mil ampolas de etanol farmacêutico e anunciou a compra inédita de 2.500 unidades do antídoto fomepizol, produzido por uma empresa japonesa. A farmacêutica também doou outras 100 unidades, totalizando 2,6 mil doses do medicamento. O lote deve chegar ao Brasil ainda nesta semana para distribuição conforme o registro de novos casos.
- Acre: 30 ampolas
- Bahia: 90 ampolas
- Ceará: 120 ampolas
- Distrito Federal: 90 ampolas
- Goiás: 75 ampolas
- Mato Grosso do Sul: 60 ampolas
- Pernambuco: 240 ampolas
- Paraná: 360 ampolas
- Rio de Janeiro: 60 ampolas
Até 6 de outubro, o Brasil contabilizava 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebidas adulteradas, sendo 17 confirmadas e 200 ainda em investigação. O estado de São Paulo concentra 82,49% dos registros, com 15 casos confirmados e 164 em apuração.
Além de São Paulo, o Paraná tem dois casos confirmados e quatro em investigação. Outros 12 estados apresentaram notificações em análise: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2). Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso já descartaram os casos investigados.
Em relação aos óbitos, dois foram confirmados em São Paulo e outros 12 estão em investigação, sendo um no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará.
O Ministério da Saúde reforçou a orientação para que profissionais de saúde notifiquem imediatamente casos suspeitos e para que a população evite o consumo de bebidas sem procedência. A pasta também mantém articulação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com a Polícia Federal para rastrear a origem das bebidas adulteradas e coibir a circulação de produtos contaminados.