Paracetamol lidera casos de falência do fígado no mundo

Remédio comum no Brasil e vendido sem receita, o paracetamol é a principal causa de falência hepática nos EUA e Reino Unido quando usado em excesso. Apesar da ampla aceitação, especialistas alertam para riscos de overdose e apontam dúvidas sobre sua eficácia em alguns tipos de dor. Empresas reforçam que o uso deve seguir orientações médicas.

Redação NX Notícias
15/05/2025 11h35 - Atualizado há 6 dias
Paracetamol lidera casos de falência do fígado no mundo
Foto: Reprodução/Internet

Amplamente utilizado no Brasil e em outros países, o paracetamol é apontado por especialistas como a principal causa de falência hepática em nações como Estados Unidos e Reino Unido — quando utilizado em doses acima do recomendado.

O medicamento, presente em praticamente todas as farmácias e vendido sem receita médica, é um dos mais populares do mundo. Somente nos EUA, são consumidas cerca de 49 mil toneladas por ano, o que representa uma média de 298 comprimidos por pessoa. No Reino Unido, o número gira em torno de 70 comprimidos por pessoa.

Apesar da longa história de uso, ainda existem questões científicas não totalmente esclarecidas sobre o paracetamol, especialmente quanto ao seu mecanismo de ação. Além disso, estudos mostram eficácia limitada para certas condições, como dor lombar, em que o medicamento teria efeito semelhante ao de um placebo.

A facilidade de acesso e a falta de informações claras sobre o limite seguro de consumo são apontadas como fatores que contribuem para casos de overdose acidental. Em resposta à repercussão de uma reportagem da BBC News Brasil, a empresa Kenvue, responsável pelo Tylenol, reforçou que o medicamento tem mais de 60 anos de uso clínico seguro, desde que utilizado conforme as instruções da bula.

“A bula contém limites de dosagem e advertências. O medicamento é seguro e eficaz se usado corretamente”, disse a empresa em nota.

No Brasil, o paracetamol integra a lista nacional de medicamentos essenciais, sendo recomendado para o alívio de dor e febre. Contudo, especialistas alertam para o uso consciente e reforçam a importância de orientação médica, mesmo em medicamentos de venda livre.


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