STF ouve testemunhas de acusação no caso da trama golpista por Bolsonaro

Julgamento da tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder entra em nova fase. Ex-comandantes das Forças Armadas estão entre os que prestam depoimento.

Redação NX Notícias
19/05/2025 13h02 - Atualizado há 2 dias
STF ouve testemunhas de acusação no caso da trama golpista por Bolsonaro
Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (19) uma nova etapa do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Serão ouvidas, até o início de junho, 82 testemunhas – entre acusação e defesa. A fase atual começa com os depoimentos das testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelos réus do chamado “núcleo crucial” da trama.

Nesta segunda, prestam depoimento os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica), que confirmaram à PF que Bolsonaro apresentou a minuta do golpe. Outros nomes da lista da PGR são:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, empresário;

  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor;

  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da PRF.

A partir de quinta-feira (22), começam os depoimentos de testemunhas indicadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e réu delator. Entre elas, estão o general Júlio Cesar de Arruda e o ex-assessor Luís Marcos dos Reis.

Na sexta (23), serão ouvidas testemunhas ligadas a Alexandre Ramagem e Braga Netto, como o delegado Carlos Afonso Coelho e o ex-diretor da PF Rolando de Souza.

Entre 30 de maio e 2 de junho, será a vez das testemunhas de Bolsonaro, incluindo:

  • Tarcísio de Freitas, governador de SP;

  • Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;

  • Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde;

  • Rogério Marinho (PL-RN), senador;

  • E outros aliados do ex-presidente.

A denúncia foi apresentada pela PGR em 26 de março e envolve Bolsonaro e mais 33 pessoas. A acusação é de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Segundo a PGR, Bolsonaro e Braga Netto lideravam o esquema.


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